Opostos
17:50![]() |
Fonte: Google imagem |
O celular tocou exatamente às 10:00 da manhã, despertando-a de um sono maravilhoso. Ela abriu os olhos, espreguiçou-se e pegou o celular. Em antítese a ele, que levantou às 6:00 para sua corrida na praia.
Ela checava os emails e as redes sociais, ele fazia polichinelos e abdominais. Ela sentou-se na cama, ele na beira da praia. Ela pensou na vida, ele na imensidão do mar. Ela sentiu preguiça, ele se sentiu renovado. Ela não sabia o que fazer durante o dia, ele tinha um compromisso. Mas o que os dois não sabiam era que daqui a algumas horas o destino reservava uma surpresa.
Há 5 anos, não exatamente no mesmo dia, os dois se viam pela última vez. Ainda havia amor e paixão no olhar dos dois. Ela, era apaixonada e daria a vida para viver ao seu lado, ele, também era, mas queria viver, voar e explorar o mundo. Foi assim que aquele romance juvenil chegou ao fim, com ele dizendo que a amava, mas que precisava se descobrir. Depois disso os dois seguiram caminhos diferentes e nunca mais se esbarraram, nem que fosse na fila de um banco. Ela não teve mais notícias dele e ele perdeu a curiosidade em saber da vida dela.
Ela fez planos. Ele, besteira. Ela amou, ele se fez amar. Ela se decepcionou, ele decepcionou os outros. Ela casou, ele não queria se amarrar. Ela se separou e ele começava a pensar se o que tinha feito valia a pena. O único pensamento que os dois tinham em comum era à noite quando colocavam a cabeça no travesseiro e pensavam como a vida poderia ter sido diferente se ao invés de deixarem aquela paixão morrer, continuassem alimentando-a. Porém, ela não fazia ideia de onde ele estava e ele imaginava que a essa altura ela estaria casada, feliz e com no mínimo 3 filhos.
Ela deixou a preguiça de lado, tomou café, assistiu as notícias e ficou pensando no que iria fazer naquele dia de folga. Ele voltou para a casa, tomou um banho gelado e checou os seus e-mails para confirmar a reunião chata que teria no shopping às 15:00. Ela teve a ideia de ir assistir o filme que há tempos queria ver e quando olhou o horário da sessão havia uma de 15:10, parecia perfeito para ela e mais perfeito ainda para o que viria acontecer. Ele se arrumou, colocou uma roupa social, pegou seus papeis e dirigiu ao som do Queen até o shopping. Já ela demorou no banho, esfoliou a pele, se maquiou, vestiu o vestido que mais lhe deixava leve e ao se olhar no espelho admirou os 25 anos que a vida tinha lhe presenteado com beleza e doçura.
Ele chegou às 14:27 se perguntando o porquê de ter chegado tão cedo aquele lugar onde nada lhe atraia. Já ela chegou às 14:40, se perguntando o porquê de não ter chegado mais cedo. Ele sentou-se na praça de alimentação e ao invés de revisar o que iria acontecer em breve em sua reunião, ficou entretido ao observar um casal que deveria ter no máximo 19 ou 20 anos, se deliciando com apenas um sundae, diversos carinhos e risadas. Ali, ele se pegou pensando justamente nela, que nesse instante estava indo para a mesma praça comprar algo para comer enquanto assistia o seu filme sozinha.
Ela chegou e foi para o seu fast food favorito, pediu um hambúrguer e um suco para não se sentir tão culpada. Ela olhou em volta e encontrou um cena que lhe prendeu o olhar. Um casal jovem e feliz e um homem ao observar os dois com olhos tristes e invejosos para aquela cena. Ela riu baixinho e mal reparou na feição do admirador. Pegou o seu lanche e partiu em direção a sessão. Ele distraído com o casal, mal percebeu que faltavam apenas 5 minutos para a sua reunião. Quando caiu em si pegou seus papeis e levantou-se. Ao se levantar, seus olhos encontraram uma feição conhecida que lhe atraiu. Ela estava exatamente ali, parada diante dele, mexendo em sua bolsa. Ele fitava-a impressionado com o tempo que só havia lhe feito bem. Aquele menina que ele tinha amado fervorosamente um dia, tinha se tornado uma linda mulher. E ele, mais uma vez com medo da vida, com medo do amor e principalmente, com medo dela não lhe reconhecer, virou as costas e foi embora. Deixando mais uma vez a chance de ser feliz esvair pelos seus dedos. E o destino, que tinha esperado tanto tempo por esse reencontro, mais uma vez chorou com a sua partida. Pois, não se sabe quando, se nessa vida ou em outra, se daqui a cinzo ou dez anos eles teriam a mesma chance novamente.
Ela checava os emails e as redes sociais, ele fazia polichinelos e abdominais. Ela sentou-se na cama, ele na beira da praia. Ela pensou na vida, ele na imensidão do mar. Ela sentiu preguiça, ele se sentiu renovado. Ela não sabia o que fazer durante o dia, ele tinha um compromisso. Mas o que os dois não sabiam era que daqui a algumas horas o destino reservava uma surpresa.
Há 5 anos, não exatamente no mesmo dia, os dois se viam pela última vez. Ainda havia amor e paixão no olhar dos dois. Ela, era apaixonada e daria a vida para viver ao seu lado, ele, também era, mas queria viver, voar e explorar o mundo. Foi assim que aquele romance juvenil chegou ao fim, com ele dizendo que a amava, mas que precisava se descobrir. Depois disso os dois seguiram caminhos diferentes e nunca mais se esbarraram, nem que fosse na fila de um banco. Ela não teve mais notícias dele e ele perdeu a curiosidade em saber da vida dela.
Ela fez planos. Ele, besteira. Ela amou, ele se fez amar. Ela se decepcionou, ele decepcionou os outros. Ela casou, ele não queria se amarrar. Ela se separou e ele começava a pensar se o que tinha feito valia a pena. O único pensamento que os dois tinham em comum era à noite quando colocavam a cabeça no travesseiro e pensavam como a vida poderia ter sido diferente se ao invés de deixarem aquela paixão morrer, continuassem alimentando-a. Porém, ela não fazia ideia de onde ele estava e ele imaginava que a essa altura ela estaria casada, feliz e com no mínimo 3 filhos.
Ela deixou a preguiça de lado, tomou café, assistiu as notícias e ficou pensando no que iria fazer naquele dia de folga. Ele voltou para a casa, tomou um banho gelado e checou os seus e-mails para confirmar a reunião chata que teria no shopping às 15:00. Ela teve a ideia de ir assistir o filme que há tempos queria ver e quando olhou o horário da sessão havia uma de 15:10, parecia perfeito para ela e mais perfeito ainda para o que viria acontecer. Ele se arrumou, colocou uma roupa social, pegou seus papeis e dirigiu ao som do Queen até o shopping. Já ela demorou no banho, esfoliou a pele, se maquiou, vestiu o vestido que mais lhe deixava leve e ao se olhar no espelho admirou os 25 anos que a vida tinha lhe presenteado com beleza e doçura.
Ele chegou às 14:27 se perguntando o porquê de ter chegado tão cedo aquele lugar onde nada lhe atraia. Já ela chegou às 14:40, se perguntando o porquê de não ter chegado mais cedo. Ele sentou-se na praça de alimentação e ao invés de revisar o que iria acontecer em breve em sua reunião, ficou entretido ao observar um casal que deveria ter no máximo 19 ou 20 anos, se deliciando com apenas um sundae, diversos carinhos e risadas. Ali, ele se pegou pensando justamente nela, que nesse instante estava indo para a mesma praça comprar algo para comer enquanto assistia o seu filme sozinha.
Ela chegou e foi para o seu fast food favorito, pediu um hambúrguer e um suco para não se sentir tão culpada. Ela olhou em volta e encontrou um cena que lhe prendeu o olhar. Um casal jovem e feliz e um homem ao observar os dois com olhos tristes e invejosos para aquela cena. Ela riu baixinho e mal reparou na feição do admirador. Pegou o seu lanche e partiu em direção a sessão. Ele distraído com o casal, mal percebeu que faltavam apenas 5 minutos para a sua reunião. Quando caiu em si pegou seus papeis e levantou-se. Ao se levantar, seus olhos encontraram uma feição conhecida que lhe atraiu. Ela estava exatamente ali, parada diante dele, mexendo em sua bolsa. Ele fitava-a impressionado com o tempo que só havia lhe feito bem. Aquele menina que ele tinha amado fervorosamente um dia, tinha se tornado uma linda mulher. E ele, mais uma vez com medo da vida, com medo do amor e principalmente, com medo dela não lhe reconhecer, virou as costas e foi embora. Deixando mais uma vez a chance de ser feliz esvair pelos seus dedos. E o destino, que tinha esperado tanto tempo por esse reencontro, mais uma vez chorou com a sua partida. Pois, não se sabe quando, se nessa vida ou em outra, se daqui a cinzo ou dez anos eles teriam a mesma chance novamente.
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