Sentou, pediu um suco e levou meu coração.
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Fonte: Imagem do Google |
Em uma tarde ensolarada do mês de março, sai de casa como quem sai da prisão, sem rumo, sem dinheiro e sem saber o que fazer. Era um daqueles dias em que o que você quer é sair sem destino e assim fiz. Andei,até que parei na quarta cafeteria que encontrei pelo caminho, achei o cheiro agradável e o lugar aconchegante. Entrei. Sentei e depois de um tempo pedi a única coisa que podia pagar, uma água. A garçonete veio e anotou o meu pedido e enquanto ela se retirava pude perceber as pessoas que me cercavam. Um empresário a minha esquerda que provavelmente tinha coisas demais para fazer e tempo de menos e por isso tomava seu café como se fosse seu último segundo de vida.
Uma total antítese do cara que estava a minha frente, provavelmente era um escritor daqueles que assim como eu gostava de analisar as pessoas. Certamente, ele deveria está me observando e vendo como eu parecia estranhamente normal e talvez, com um pouco da sua criatividade eu me tornasse seu próximo mocinho ou vilão. O senhor no balcão lia e relia a mesma notícia do jornal sobre robôs, não acreditava que tal tecnologia seria possível e fazia cara de espanto cada vez que a nota era relida.
Até que minha atenção se virou para porta, na hora meu coração parecia que ia sair do peito e minhas pupilas pareciam que tinha perdido o controle de dilatação. Avistei a mais bela moça, daquelas que entram em um lugar e irradiam com sua luz, que faz você querer sorrir só porque o seu sorriso é o mais lindo que você já viu, daquelas que pode ter seus defeitos por fora mas que demonstra a maior das qualidades pelo olhar, a simpatia.
Sentou-se a minha direita e chamou a garçonete, parecia decidida, até que deu um sorriso ao dizer "não sei o que pedir, o que me sugere?" Fazendo com que escapasse-me um sorriso, imaginando que talvez um dia aquela frase poderia ser direcionada a mim. Depois de alguns sorrisos indecisos, resolveu tomar um suco de laranja, sem gelo e sem açúcar. Nada sabia daquela desconhecida, apenas que tinha olhos claros e misteriosos que me faziam querer encará-los pelo resto da vida.
O seu suco chegou e a minha água também e naquele momento eu agradeci a Deus, Buda, Krishna, Zeus, a todos os deuses que existem por ter entrado naquele lugar. A cada gole do seu suco eu imaginava um futuro ao seu lado. Imaginei o pedido de namoro e ela sorrindo ao aceitar. Imaginei o pedido de noivado e os seus olhos brilhando ao imaginar o casamento. Imaginei vendo-a entrar na igreja e me imaginei chorando ao ver aquela cena. Imaginei nossos filhos e a nossa casa e como seríamos felizes. Até que o seu suco acabou ela pediu a conta e organizou suas coisas, meu coração naquele momento se apertou e sabia que iria piorar assim que ela levantasse da cadeira.
E foi assim que o amor da minha vida (ou eu achei que fosse) foi embora. Não disse um "Oi", muito menos um "Tudo bem?", mas criou em mim sonhos que nenhuma outra ao me tocar, criou. E é por isso que eu levarei aqueles olhos e ela levará meu coração pelo o resto da vida.
Uma total antítese do cara que estava a minha frente, provavelmente era um escritor daqueles que assim como eu gostava de analisar as pessoas. Certamente, ele deveria está me observando e vendo como eu parecia estranhamente normal e talvez, com um pouco da sua criatividade eu me tornasse seu próximo mocinho ou vilão. O senhor no balcão lia e relia a mesma notícia do jornal sobre robôs, não acreditava que tal tecnologia seria possível e fazia cara de espanto cada vez que a nota era relida.
Até que minha atenção se virou para porta, na hora meu coração parecia que ia sair do peito e minhas pupilas pareciam que tinha perdido o controle de dilatação. Avistei a mais bela moça, daquelas que entram em um lugar e irradiam com sua luz, que faz você querer sorrir só porque o seu sorriso é o mais lindo que você já viu, daquelas que pode ter seus defeitos por fora mas que demonstra a maior das qualidades pelo olhar, a simpatia.
Sentou-se a minha direita e chamou a garçonete, parecia decidida, até que deu um sorriso ao dizer "não sei o que pedir, o que me sugere?" Fazendo com que escapasse-me um sorriso, imaginando que talvez um dia aquela frase poderia ser direcionada a mim. Depois de alguns sorrisos indecisos, resolveu tomar um suco de laranja, sem gelo e sem açúcar. Nada sabia daquela desconhecida, apenas que tinha olhos claros e misteriosos que me faziam querer encará-los pelo resto da vida.
O seu suco chegou e a minha água também e naquele momento eu agradeci a Deus, Buda, Krishna, Zeus, a todos os deuses que existem por ter entrado naquele lugar. A cada gole do seu suco eu imaginava um futuro ao seu lado. Imaginei o pedido de namoro e ela sorrindo ao aceitar. Imaginei o pedido de noivado e os seus olhos brilhando ao imaginar o casamento. Imaginei vendo-a entrar na igreja e me imaginei chorando ao ver aquela cena. Imaginei nossos filhos e a nossa casa e como seríamos felizes. Até que o seu suco acabou ela pediu a conta e organizou suas coisas, meu coração naquele momento se apertou e sabia que iria piorar assim que ela levantasse da cadeira.
E foi assim que o amor da minha vida (ou eu achei que fosse) foi embora. Não disse um "Oi", muito menos um "Tudo bem?", mas criou em mim sonhos que nenhuma outra ao me tocar, criou. E é por isso que eu levarei aqueles olhos e ela levará meu coração pelo o resto da vida.
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