Onde estão as respostas?
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Fonte: Google imagens. |
O que sabemos quando nascemos? Nada. E quando descobrimos a primeira coisa, choramos e sentimos dor. Mesmo assim, é fantástico. A partir daquele momento, tudo começa a seguir uma ordem natural e simplória, assim achamos. Aprendemos a respirar, chorar, comer, andar, falar... Mas nunca aprendemos a como lidar com a vida. Há quem diga que saiba, há outros que supõem uma formula mágica e há ainda quem se arrisque a dizer que vivemos para sermos felizes. Mas se é tão fácil assim, porque há pessoas que não são? Por que há pessoas que não conhecem essa formula? E se alguém sabe, porque não divide a resposta? Simplesmente, por causa da sua instabilidade. Só sabemos do que já aconteceu e ainda assim fazemos tudo de novo.
Já parou para pensar no amor? Um sentimento tão complexo e confuso que faz com que esqueçamos o passado. Esquecemos os erros, os acertos, as quedas e até as tristezas. Começando novamente do zero e indo em busca sempre do eterno, mesmo sabendo com as lições antigas que isso quase nunca acontece.
Já parou para pensar no luto? Sabemos que é a ordem natural da vida, nascemos, crescemos, nos reproduzimos e morremos. E mesmo sabendo disso, sofremos imensuravelmente a dor da perda. Não sabemos dizer adeus, principalmente, quando esse adeus é definitivo.
Já parou para pensar no livre arbítrio? Se somos livres para fazermos o que quisermos, porque tantas leis, regras e formas de se viver?
Já parou para pensar na tecnologia? Vivemos inventando a melhoria de tudo, buscamos a descoberta da cura do câncer, do HIV, da ansiedade e da depressão. Mas criamos a cada dia formas de tornarmos essas doenças incuráveis. Criamos drogas, vícios, medos e até sentimentos. Esquecemos que um dia fomos apenas um ser inconsciente e indefeso diante dessa imensidão que é a vida e queremos colocar o mundo na palma das nossas mãos.
Já parou para pensar na ambição de cada um de nós? Por que vivemos em busca sempre do melhor? Queremos dinheiro, felicidade, status, amigos, emprego, carros, roupas, sapatos... Queremos o mundo, ou melhor, queremos a resposta para vivermos nele. Há tantos outros planetas, tantas outras galaxias, tantas outras imensidões e ainda assim tão poucas respostas para perguntas intermináveis. E é devido a isso que a instabilidade me seduz, ela é a única certeza que tenho dessa vida e espero que continue sendo, por que a partir do dia em que eu souber a constância da vida é porque ela chegou ao fim.
1 comentários
Olá, Larissa. Tudo bem?
ResponderExcluirQue eu gosto dos seus texto não é novidade, não é? Mas esse em especial me fez refletir não só sobre um assunto, mas sobre vários. Com ele eu pôde refletir sobre mim mesmo, sobre as pessoas à minha volta e sobre tudo o que posso ter ou não. Enfim, poderia passar horas citando tudo o que começou a engrenar em minha mente, após a leitura deste texto. Na verdade, não é que ele tenha despertado algo novo, todas as questões estão presentes em cada um de nós, mas muitas vezes preferimos esquecer, ao invés de procurar por respostas. Enfim, não vejo motivos para me aprofundar no assunto, afinal, você o fez tão bem.
Meus parabéns! Até mais. https://realidadecaotica.blogspot.com.br/