Você vive ou só posta?
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Fonte: Google imagens |
Começou o dia com o pé esquerdo e tratou a todos como se fossem culpados. Não respondeu o bom dia do pai e nem aceitou o convite da Irmã de ir ao cinema. Saiu de casa sem ao menos agradecer por mais um dia de vida, aliás pra quê agradecer se ela tinha saúde mas não tinha 1 milhão de seguidores? Pra quê agradecer o pão que tinha na mesa se não tinha a geleia que ficaria linda compondo uma foto? Pra quê agradecer pela família ou amigos se ela não tinha aquele namoro perfeito que muitas no Instagram tinham? Para ela a vida só mereceria agradecimento se ela tivesse a sorte de ser uma digital influencer, se um dia fosse pra uma viagem internacional ou se tivesse o namorado dos sonhos daqueles que fazem surpresas e ganham hastags com shippos. O que ela não sabia é que muitas agiam exatamente assim com o perfil dela, muitas entravam e se encantavam com as fotos que ela passava dias planejando e com a felicidade de fachada que ela tanto esbanjava. Nesse ciclo levamos nossa vida nesse século, invejamos o feed bonito, o namoro perfeito, a barriga chapada sem saber que alguns queriam apenas ter um celular igual ao nosso, uma família ou ir naquele churrasco da família que não postamos. Vivemos na era da influência, somos influenciados a gostar de determinada marcar, de gostar de determinado filme, música ou série para sermos cool. Somos influenciados a esbanjar diariamente uma felicidade que não temos e uma vida que não temos. Ninguém é perfeito como demonstra nas fotos das redes sociais, nenhuma pele é tão perfeita, nenhuma viagem é tão magnifica, nenhum namoro é tão incrível.
Não precisamos nos privar delas e extermina-las das nossas vidas, só precisamos de controle e de um choque de realidade. A vida cibernética é bem diferente da vida real, precisamos diferencia-las e vive-las de formas separadas e distintas. É maravilhoso ser feliz no stories ou nas postagens, no entanto, é mais ainda ser feliz ao vivo e a cores.
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